História do Bolo Rei
Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava. Diz-se que este costume teve origem num inocente jogo de crianças, muito frequente durante aquelas festas e que consistia em escolher o rei, tirando-o à sorte com favas.
O jogo acabou por ser adaptado pelos adultos, que passaram a utilizar as favas para votar nas assembleias.
 
Como aquele jogo infantil era característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro.
 
A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis, simbolizado por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece.
 
De qualquer modo, a festa de Reis começou muito cedo a ser celebrada na corte dos reis de França. O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exactamente com o nome de Gâteau des Rois.

Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Só que os confeiteiros tinham ali um bom negócio, e em vez de o eliminarem, passaram a chamar-lhe Gâteau des sans-cullottes.

Em Portugal, depois da proclamação da República, não chegou a ser proibido, mas andou lá perto. Com excepção desse mau período, a história do bolo-rei é uma história de sucesso, e hoje como ontem as confeitarias e pastelarias não se poupam a esforços na sua promoção

Ingredientes:

  • 1 brinde
  • 1 colher (sobremesa) de sal
  • 100 ml de vinho do Porto
  • 1 fava
  • 150 g de açúcar
  • 150 g de frutas cristalizadas
  • 150 g de frutos secos a gosto
  • 150 g de margarina
  • 30 g de fermento
  • 4 ovos
  • 750 g de farinha de trigo
  • geleia q.b.
  • raspa de 1 laranja
  • raspa de 1 limão

Confeção:

Pique as frutas (reserve algumas inteiras para enfeitar) e deixe-as a macerar com o vinho do Porto.
Dissolva o fermento em 100 ml de água morna, junte a 1 chávena de farinha e deixe a levedar, em ambiente temperado, durante 15 minutos.
Entretanto, bata a margarina, o açúcar e as raspas da laranja e do limão.
Junte os ovos, batendo um a um, e a massa de fermento.
Quando tudo estiver bem ligado, adicione o resto da farinha, o sal e o vinho do Porto.
Amasse até obter uma consistência elástica e macia e misture as frutas.
Molde a massa numa bola, polvilhe com farinha e tape com um pano, deixando levedar, num ambiente resguardado, durante 5 horas.
Quando a massa dobrar o volume, ponha-a num tabuleiro e faça-lhe um buraco no meio. Introduza o brinde (embrulhado em papel vegetal) e a fava, deixando-a repousar mais 1 hora.
Pincele o bolo com gema, enfeite com frutas cristalizadas inteiras, torrões de açúcar, frutos secos (pinhões, meias-nozes, amêndoas…) e leve a cozer em forno bem quente.
Depois de cozido, pincele o bolo-rei com geleia diluída num pouco de água quente.
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